sábado, 16 de maio de 2015

Revista em quadrinhos da Quinta do Bem é lançada - doação de medula óssea















Fotos do lançamento da revista em quadrinhos da Quinta do Bem no dia 15-05-2015, na Casa Acolhida Padre Eustáquio (Cape), (instituição que recebe crianças do interior de Minas Gerais para tratamento contra o câncer na capital). Me surpreendo a cada dia com os encontros e possibilidades solidárias que a campanha tem trazido para a minha vida. Estou encantada com o trabalho e as ações da Cape, o lugar acolhe com muito amor, carinho e cuidado as crianças e suas famílias (as fotos expressam a vivência maravilhosa e emocionante que tive nesse espaço). A ideia de contar a história da Quinta do Bem em quadrinhos surgiu após eu receber o convite da Cape, por meio da jornalista Fernanda Rodrigues, para falar da campanha para as crianças e jovens do projeto. Eu precisava criar uma linguagem apropriada para atender o público infantojuvenil da Cape e, assim, pensei na revistinha em quadrinhos da Quinta do Bem. Meu agradecimento especial para a minha família (mãe, pai, irmã, sobrinha e marido), tia Gisele, Renato e Vanessa por abraçarem esse projeto comigo, minhas amigas e a cada um de vocês (grandes apoiadores) que fazem a Quinta do Bem acontecer, crescer e fortalecer para ajudar a salvar vidas. A corrente do bem é contagiante.

Em quatro páginas, a revistinha é a primeira publicação de Minas Gerais que transforma a história real de luta contra a leucemia em quadrinhos, narrando meus dois casos familiares, do meu irmão Anderson e da minha prima Ana Paula que, infelizmente, faleceram por causa da doença.

O formato lúdico e didático da revistinha busca divulgar a importância da doação de medula óssea, gesto solidário que pode salvar a vida de quem precisa do transplante. A iniciativa pretende também sensibilizar e informar as crianças e os jovens sobre o cadastro de doadores feitos nos hemocentros, contribuindo para que o público infantojuvenil seja multiplicador da campanha. O roteiro que escrevi teve a revisão da pedagoga Gisele Gomes Olavo. As ilustrações originais da revistinha foram criadas em aquarela pelo artista plástico Renato César Oliveira e a diagramação elaborada pela publicitária Vanessa Avelar. Os primeiros exemplares do lançamento foram impressos com meus recursos próprios e foram entregues gratuitamente para as crianças da Cape. O projeto está aberto a parcerias para impressão de mais exemplares, com a finalidade de serem doados para bibliotecas, escolas, instituições de tratamento contra o câncer e outras.

No lançamento, fiz looks com lenços para as mães das crianças e funcionárias da Cape. Os lenços foram doados pelo projeto "Doe um lenço, ganhe um sorriso", criado pela parceira Fernanda Almeida Nunes, de São Paulo.

A história da Quinta do Bem

Em 1999, eu, Flávia Freitas, jornalista de Belo Horizonte (MG), perdi meu irmão Anderson por causa da leucemia. Em 2012, a minha prima Ana Paula, após muita luta com a leucemia, também faleceu. Durante o tratamento da Ana Paula houve a necessidade de encontrar um doador compatível fora da família, pois nenhum parente era compatível com ela. Para mobilizar e incentivar a doação de medula óssea, criei em 2011 a campanha Quinta do Bem, a ideia é mulheres usando lenço na cabeça, homens fita vermelha no braço nas quinta-feiras. Para divulgar a ação as pessoas postam as fotos de apoio com os acessórios nas redes sociais e podem enviar também para a minha página no facebook Comunique Bem (atualmente a página tem mais de 4.000 seguidores). A atriz Drica Moares é uma das apoiadoras da Quinta do Bem. 
A campanha teve o incentivo de familiares, amigos, conhecidos e simpatizantes na internet, fortalecendo a Quinta do Bem. A campanha é também uma forma de homenagear a memória do Anderson, da Ana Paula e de todos que partiram por causa da leucemia.
A Quinta do Bem extrapolou as redes sociais e já realizou duas campanhas físicas em Betim (cidade onde moram os familiares da jornalista) em parceria com a Hemominas. Em 2011, foram cadastradas 400 pessoas e em 2013 cadastramos 150. Familiares e amigos participam da campanha de forma voluntária. A expectativa é que a Quinta do Bem física seja realizada todos os anos para cadastrar mais pessoas e aumentar as chances de salvar vidas. Por causa da Quinta do Bem, em 2014 fui finalista do prêmio Bom Exemplo da Globo Minas, Fundação Dom Cabral, Fiemg e jornal O Tempo, condecorada com a medalha mérito da saúde como cidadã voluntária parceira do SUS e madrinha do Outubro Rosa de MG.

Flávia Freitas é cadastrada como doadora de medula óssea desde 2004. O cadastro é feito nos hemocentros de todo o país. O gesto de solidariedade salva vidas.

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